Artigo, Marcelo Aiquel - Tudo em causa própria

Artigo, Marcelo Aiquel - Tudo em causa própria

         Diante das últimas manifestações públicas, ousarei supor que a quase totalidade dos políticos e pessoas detentoras de cargos relevantes no cenário nacional está agindo em causa própria, para “salvar seu rabo”.
         Não vejo – na grande maioria dos furibundos com a “perseguição injusta” ao ser mais honesto do planeta, aquele que, inclusive, teve a coragem e a petulância de se comparar a JESUS CRISTO – qualquer viés ideológico, pois, a audácia dos seus virulentos discursos desaparece por completo longe do palanque, sem a proteção dos seguranças contratados.
         Foi assim que assistimos o “valentão” Lindbergh Farias piar fino ao ser confrontado num voo comercial, apenas UM DIA após ter gritado pedindo a desobediência civil do povo brasileiro, e que a mídia dissimulada, a mesma que já está dando notícias com nítida vergonha das mentiras que conta, divulgou iludindo aos fanáticos ou interesseiros.
         Como ele, eu poderia citar a “narizinho”, e tantos outros que, em muito breve – sem mais a guarida de uma absurda imunidade parlamentar – terão dias negros em algum presídio brasileiro. Isto se não – “numa demonstração explícita de coragem” – fugirem para o exterior sob a ridícula fantasia de perseguidos políticos.
         Ah, e o ministro Gilmar Mendes! Depois de haver envergonhado a história jurídica da Suprema Corte, manchando os ensinamentos de verdadeiros mestres que por lá passaram, perdeu a risadinha irônica que mostrou recentemente em Portugal, e foi obrigado a “engolir” as verdades que os passageiros de um voo comercial lhe atiraram. Não – sem antes – de forma covarde, ter tentado amedrontar seus detratores com o autoritarismo de chamar a Polícia Federal. De nada adiantou...
          Deste modo, salta aos olhos a sem vergonhice e o interesse exclusivamente pessoal das virulentas insurgências, pois, cada um quer salvar a sua pele e, de quebra, posar de rebelde junto aos fanáticos capachos que os aplaudem.
         Só que esta rebeldia não passa de um grande teatro, onde os “artistas” representam um papel que somente existe por causa dos rabos presos e receio de um futuro negro.

         Não fosse um resquício de decência, e já seríamos uma filial do país do Maduro. 

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