Heloísa Starling, ex-Comissão Nacional da Verdade, é investigada no caso do desvio de dinheiro público na UFMG

Heloísa Starling, conduzida coercitivamente para depor nas investigações sobre desvio de dinheiro público na Ufmg, foi uma das vozes mais ferozes contra os militares na Comissão Nacional da Verdade (veja ao lado). Na ocasião, ela disse: "A nossa democracia só vai se completar o dia que o poder militar obedecer o poder civil". 

A Operação deflagrada quarta-feira pela Polícia Federal e batizada de “Esperança Equilibrista” investiga o suposto desvio de R$ 4 milhões dos R$ 19 milhões destinados pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) à obra do Memorial da Anistia Política, em Belo Horizonte. As intervenções tiveram início em 2009 e até hoje não foram concluídas. Os recursos são provenientes do Ministério da Justiça. 

Durante a operação, foram cumpridos oito mandados de condução coercitiva e 11 de busca e apreensão. O reitor e a vice-reitora da UFMG, Jaime Ramirez e Sandra Goulart, foram levados à sede da PF, no bairro Gutierrez, para prestar esclarecimentos sobre o caso. Além deles, também foram conduzidos coercitivamente para depor na PF Alfredo Gontijo, atual presidente da Fundep, as ex-vice-reitoras da UFMG Rocksane de Carvalho e Heloísa Starling, a ex-secretária de Cultura do Estado, Eleonora Santa Rosa, e as ex-funcionárias da Fundep Sandra Regina de Lima e Silvana Coser.

A PF chegou a pedir a prisão temporária do ex-diretor do Departamento de Logística de Suprimentos e de Serviços Operacionais (DLO) da universidade, Antônio de Assis. O pedido, porém, foi indeferido pela juíza federal substituta Raquel Vasconcelos, da 9ª Vara Criminal.

A Operação

Para a polícia, o episódio apurado pode envolver os crimes de peculato, desvio de recursos públicos e formação de quadrilha. A operação mobilizou 84 policiais federais, 15 auditores da Controladoria Geral da União (CGU) e dois do Tribunal de Contas da União (TCU).

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