Entrevista, Ronaldo Nogueira, ex-ministro do Trabalho - Houve aumento da empregabilidade e não diminuição

O ex-ministro do Trabalho e deputado federal Ronaldo Nogueira, presidente da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, contestou hoje, os números divulgados pelo PNAD sobre aumento de desemprego, que apontavam aumento do desemprego no Brasil. 

O que houve ?
Houve aumento da empregabilidade no país e conforme o CAGED do Ministério do Trabalho, nos três primeiros meses de 2018, a geração de empregos foi a maior dos últimos cinco anos. A Reforma Trabalhista ajudou nisto, sem falar nos fatores de modernização extraordinários que promoveu nas relações do trabalho. 

Não é o que diz o PNAD.
O PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios é uma pesquisa por amostragem, enquanto o CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados,  não.  O Cadastro é baseado em um dado aritmético composto pelo somatório das declarações prestadas por todos os estabelecimentos que empregam pessoas no Brasil. Ou seja, cada vez que uma empresa admite ou demite um funcionário deve obrigatoriamente informar o Ministério do Trabalho dentro do mesmo mês do ocorrido, sob pena de multa.

Vale o CAGED ?
Não existe melhor aferidor de ocupação de mão de obra no Brasil do que o CAGED, pois não é uma amostragem, mas um dado real que mostra com fidelidade o quadro do emprego no Brasil. E os dados do CAGEG em 2018 são amplamente favoráveis. Onde os meses de janeiro, fevereiro e março foram os de melhores resultados na geração de empregos nos últimos cinco anos. No acumulado do ano, houve crescimento de 204.064 empregos, representando expansão de 0,54%, nos dados com ajustes. E nos últimos 12 meses, o acréscimo chegou a 223.367 postos de trabalho, correspondente ao 0,59% de crescimento.
       
E estes dados do PNAD ?
Quanto ao suposto aumento o desemprego aferido pelo PNAD, o índice se refere às pessoas que não trabalham, mas procuraram empregos nos últimos 30 dias. Ou seja: depois de um longo ciclo de aumento do desemprego massivo iniciado em 2014 e interrompido em 2016, as pessoas voltaram a procurar emprego, pois em meio à profunda crise tinham desistido de buscar oferta de trabalho. 

Já se esperava pelo descompasso dos números ?
Esses dados de suposto aumento de desemprego do PNAD já eram esperados, e apenas marcam a transição de um momento de profundo desemprego, para um novo momento de retomada da empregabilidade com carteira assinada, como nos mostram os dados precisos do CAGED dos últimos três meses.

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