Artigo, Marcelo Aiquel - O cachorro do meu vizinho

         Eu tenho um vizinho que é dono de um cachorro grande.
         O cachorro (que não tem pedigree), apesar de latir muito, é domesticado e afável.
         Agora, quando se sente encurralado, retorna às suas origens (de animal irracional) e fica bastante agressivo.
         É a forma que ele conhece – agindo por instinto, mas também a sua verdadeira natureza emerge nesta hora – para se impor, ou parecer um cão respeitável.
         Pois, foi olhando para este comportamento irracional que me lembrei de comparar o jeito selvagem que, por vezes, o cachorro do meu vizinho demonstra, com a grosseria da postura do Lula, na audiência de ontem, na JF de Curitiba.
         E não é que o Lula agiu igualzinho ao cão do meu vizinho, quando este se sente acuado?
         Escutando na íntegra o depoimento (eu não “comprei” minha opinião pelo que a mídia selecionou para mostrar, portanto me afastei do grupo das “Marias que vão com as outras”) pude concluir que aquela arrogância e agressividade expostas pelo ex-presidente remetiam ao modo como o cachorro do meu vizinho age sempre que se sente ameaçado.
         Foi igualzinho!
         Longe de mim ousar comparar a figura ilustre do Lula da Silva com um animal. Até porque – caso cometesse tal “heresia” – eu seria atacado de forma ofensiva por uma dezena (ou seria uma centena?) de raivosos defensores do ex-presidente.
         E esta total falta de civilidade quanto ao respeito às opiniões contrárias, é um atributo que – com certeza, pelo que vemos diariamente por aí - não faz parte do comportamento real daqueles que pregam “democracia” (só da boca pra fora, né?) e “direitos iguais para todos” (idem).
         É um pessoal muito adepto à máxima do filósofo e historiador Nicolau Maquiavel: “aos amigos os favores, aos inimigos a lei”.

         Enquanto isso, o cachorro do meu vizinho se põe a latir e balançar o rabo.     Mas somente até se sentir ameaçado, pois aí, se torna agressivo e não respeita mais nem a quem lhe serviu a ração e deu água. (Qualquer relação de semelhança entre este comportamento e a forma como o Lula da Silva se refere á sua saudosa “galega” Marisa Letícia, ou ao “grande amigo e companheiro” Palocci, não passa de uma mera coincidência)

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