Artigo, David Coimbra, Zero Hora - Nem só as cartas de amor são ridículas

Fernando Pessoa não disse, mas devia ter dito
A política do Brasil é ridícula.

Esse Waldir Maranhão, com aquele bigode de zelador de edifício, puxando ao mesmo tempo os sacos do Eduardo Cunha e do governador comunista do Maranhão, cometendo essa manobra infantil para adiar o processo de impeachment, é ridículo.
O Eduardo Cunha, dizendo que não é dono, mas usufrutuário de dinheiro depositado na Suíça, botando o nome de Jesus nas senhas das contas de banco, manobrando sem fim para se manter no cargo, com aquela expressão de fuinha que ele tem, é ridículo.
Dilma Rousseff, com sua caudalosa e densa incompetência, sua dislexia que a impede de falar e pensar ao mesmo tempo, sua mania de querer ser chamada de presidenta e principalmente com a desfaçatez de dizer que seu governo não é corrupto, é ridícula.
Dilma consegue ser uma presidente mais ridícula do que Jânio e Collor, que eram ridículos.
Renan Calheiros, com seu implante de cabelos, é ridículo.
Lula, com sua arrogância, com sua cara de pau de dizer que é a alma mais honesta do Brasil, com suas palestras clandestinas, sem os plurais, sem apartamentos, sem sítios e sem ser dono de NOVE celulares que acharam na casa dele, é ridículo.
Um cara que tem nove celulares é bem ridículo.
Aécio Neves, com aquele risinho eterno, é ridículo.
Temer, que escreve cartinhas ridículas para Dilma, que faz ridículas gravações no WhatsApp e que faz poemas ridículos, é, obviamente, um ridículo.
Jandira Feghali, com aquela cara de cartomante, querendo bajular o Lula numa gravação com o celular e expondo o quanto Lula é ridículo, é ridícula.
Lindbergh Farias, dizendo que adora o Lula, é ridículo.
Jair Bolsonaro, com sua truculência, sua grossura, sua falta de educação, sua homofobia, seu machismo, seu atraso e sua imensa, insuperável, incontornável burrice, é, de todos, o mais ridículo.
Mas Jean Wyllys, com seu nome de carro dos anos 1960, suas cusparadas e seus faniquitos de ex-BBB, é tremendamente ridículo.
Maria do Rosário, Marta Suplicy e todas essas mulheres brabinhas são ridículas.
Kátia Abreu, que jogou vinho na cara do José Serra, é ridícula.
José Serra, que chamou Kátia Abreu de namoradeira, é ridículo. Chamar uma mulher de namoradeira é coisa de gente ridícula.
Os pedetistas adoradores do Brizola são babosamente ridículos.
Os comunistas que fazem manifestos apoiando a Coreia do Norte são estupidamente ridículos.
Os comunistas que não fazem manifestos apoiando a Coreia do Norte também são ridículos. Só que menos.
A Bancada da Bala é violentamente ridícula.
A Bancada dos Evangélicos, perseguindo os gays, é ridícula.
A revista Veja, que define uma mulher como bela, recatada e do lar, é ridícula.
A revista Carta Capital, que é chapa-branca, melequentamente governista e que tem um diretor que escreve a mando de Lula, é ridícula.
Talvez o Brasil todo seja ridículo.

Mas, sobretudo, eu, que devia estar bebendo chope com os amigos, em vez de me importar com tudo isso, sou um baita de um ridículo.

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